domingo, 8 de março de 2009

8 de março: Dia de Luta, Enfrentamento e Resistência

8 de março: Dia de Luta, Enfrentamento e Resistência

"O dia 8 de março nasceu das inquietações e indignações das mulheres do mundo, diante da exploração, da violência e da opressão. Algumas dessas reações foram registradas, outras silenciadas. Podemos dizer que esta data surgiu como uma “colcha de retalhos”, a partir da necessidade das mulheres da classe trabalhadora de unir as lutas na busca de direitos, dignidade e justiça, denunciando a exploração dos poderosos e a dominação da cultura patriarcal e machista.
(...)
A cultura patriarcal tenta excluir as mulheres dos espaços de decisão. Podemos tomar como exemplo a participação política das mulheres nas eleições de 2008¹ onde tivemos o seguinte resultado. Dos 5.558 municípios no Brasil foram eleitas prefeitas 505 mulheres (9,08% do total de eleitos/as) e 5.053 homens (91,92%). Também foram eleitas 6.512 mulheres vereadoras (12,5% do total de eleitos/as) e 45.474 homens (87,5%), totalizando 51.986 eleitos/as. Quantas destas mulheres eleitas são camponesas ou tem compromisso com a classe trabalhadora e com a causa das mulheres?
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Outro fator que motiva a luta das mulheres é as várias formas de violência a que estão expostas cotidianamente, violência esta, que está tomando dimensões cada vez maiores e impressionantes, atingindo pessoal de todas as raças, etnias e classes sociais, manifestadas na família, no trabalho, nos espaços de lazer, na rua, no poder público, nas igrejas... A violência tem como alicerce a estrutura social em que vivemos.

Nossa missão é romper com o silêncio e nos organizar para combater toda e qualquer forma de violência praticada contra a mulher. De forma coletiva, buscamos construir uma nova sociedade, com igualdade de direitos e condições, visto que qualquer forma de violência impede a possibilidade de uma construção social mais humana e livre...".


*Este texto foi retirado da página na internet do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC): http://www.mmcbrasil.com.br/


**O CARB acredita que o 08 de março deva ser uma data de discussão e de luta contra contra as desigualdades entre homens e mulheres. Pois, por exemplo, enquanto a isonomia salarial estiver apenas como letra morta na Constituição Federal e não como realidade viva na sociedade, não há motivo para comemorações e sim para lutas a serem travadas. Dar seguimento às lutas de mulheres que vivem e morrem nas batalhas da vida é a melhor maneira de parabenizá-las.

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